Dia 31 de janeiro, uma quinta-feira, deixa de existir no Brasil o cartão de crédito Diners International com a chancela do Itaú. O banco, que tempos atrás comprou as operações de varejo do Citibank, então dono da marca Diners, resolveu desativá-lo e substitui-lo pelo Credicard Exclusive Platinum Visa.
O Diners sempre foi um cartão simpático. Dava acesso, por exemplo, a salas VIP em aeroportos, sem cobrança de taxas. Tinha promoções com restaurantes. Com o Credicard Exclusive Platinum Visa não será assim.
Sou cliente da bandeira há 22 anos, desde que era assinante da revista Exame, com o qual o Diners mantinha parceria.
Não me anima ter mais um Visa nem pagar anuidade, já que no do banco onde sou correntista não pago nada além do total gasto em compras a cada mês.
Assim, neste 31, minhas faturas do Diners – todas religiosamente pagas – vão para o arquivo morto. Que descansem em paz.
UMA HISTÓRIA DE 70 ANOS
Registros históricos revelam que o Diners surgiu em 1949, ideia do empresário Franck McNamara, que se uniu a três sócios: Ralph Schneider, Matty Simmons e Alfred Bloomingdale. McNamara havia ido a um restaurante de Nova Iorque e, na hora de pagar a conta, notou que havia esquecido a carteira. Assinou um papel, comprometendo-se a pagar depois. E o fez.
Em fevereiro de 1950, ele voltou ao mesmo restaurante, com um dos sócios, já munido do primeiro Diners da história, um cartão em papel encorpado: The Diners Club Card (na tradução, um clube do jantar), que era inicialmente aceito em 27 restaurantes de Nova Iorque.
Logo, o serviço foi ampliado para várias cidades dos Estados Unidos. Três anos depois, tornou-se o primeiro cartão de crédito de âmbito internacional, aceito em vários países. Em 1961, começou a ser feito de plástico.
Em 1981, o Diners foi vendido ao Citicorp. Passou por outras transações no âmbito internacional. No Brasil, o Itaú Unibanco assumiu, meses atrás, as operações de varejo do Citi e resolveu sepultar a marca.
Mas um anúncio no Google dá conta de que a empresa Elo Nanquim está relançando o Diners no Brasil.