Muito prazer!

O rami é originário da Ásia Oriental/foto: Wikipedia

Quando a direção do jornal O Estado do Paraná decidiu, no início dos anos 1960, criar um caderno dedicado à agricultura – uma das principais atividades econômicas do Paraná -, escolheu para editá-lo o jornalista Enock de Lima Pereira, profissional experiente mas pouco afeito às coisas do campo. Iria aprender fazendo.

Certo dia, chega à redação da rua Barão do Rio Branco, no centro de Curitiba, uma comitiva de japoneses cultivadores de rami no norte paranaense.

Os agricultores pretendiam divulgar as lavouras de rami, planta nativa da Ásia Oriental, muito utilizada pela indústria têxtil. O caderno agrícola do jornal seria um dos bons veículos para isso.

O chefe de redação, Ducastel Nicz, chama, então, Enock para entrevistar os agricultores.

E pergunta ao colega tão logo ele chegou na roda:

– Enock, conhece rami?

Enock, ainda meio distraído, vira-se para o primeiro japonês, estende-lhe as mãos e diz:

– Não, muito prazer, Enock de Lima Pereira!

 

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