A Antártica em Gramado

Acampamento do Programa Antártico Brasileiro na Ilha Vega/foto: Edson Vandeira

O Geo Museu de Gramado (RS) abre nesta sexta-feira 30, em parceria com a Unisinos, a exposição ‘Da floresta ao deserto de gelo’, que remete ao estudo da Antártica. O museu, com seus cerca de três mil metros quadrados, é dono de um acervo permanente de pedras preciosas raras.

A exposição ficará em cartaz durante seis meses, até 30 de janeiro de 2022, ao longo da semana (menos às quartas-feiras), das 8h30 às 17h, ‘oferecendo experiências reais e vivências com momentos marcantes’, entre elas:

– A montagem de um acampamento real com itens utilizados em expedições do Programa Antártico Brasileiro como barracas, bandeiras do Brasil desgastadas pelo clima da Antártica, e equipamentos utilizados pelos pesquisadores;

– Exposição de materiais fósseis de animais e plantas e de rochas descobertos no Continente Antártico. Serão mais de 50 amostras históricas (algumas amostras com mais de 50 milhões de anos);

– Exposição fotográfica do renomado fotógrafo paulista Edson Vandeira, especializado em aventura, cultura e ciência. Com fotos incríveis do continente gelado, Edson tem seu trabalho representado inclusive pela National Geographic Image Collection (EUA), e há sete anos apoia o Programa Antártico Brasileiro, como um dos alpinistas responsáveis pela segurança dos cientistas durante a permanência e nos deslocamentos na Antártica;

– Documentos e equipamentos históricos como mapas antigos e equipamentos dos profissionais de Geologia da Unisinos.

Toda a exposição será acompanhada de banners com conteúdos informativos técnico-científicos sobre a geologia geral da Antártica. Também fazem parte do cenário da exposição, vídeos com imagens captadas por drone e helicóptero. A exposição receberá ainda capacitações com alunos e professores ao longo dos seis meses.

A exposição em Gramado tem a curadoria do cientista, paleontólogo e professor da Geologia Unisinos, Rodrigo Horodyski, que destaca:

Geo Museu de Gramado: pedras preciosas e cenários gelados/foto: Felipe Valduga

“A Exposição ‘Da floresta ao deserto de gelo: pesquisas geológicas na Antártica”, realizada pela Geologia da Unisinos e o Geo Museu, oportunizará aos visitantes uma viagem a um dos locais mais isolados do mundo: a Antártica, mas uma Antártica antiga, quente e cheia de florestas, bem diferente dos dias de hoje. Os visitantes conhecerão os fósseis de plantas e animais marinhos e terrestres descobertos durante 60 dias de expedição no continente gelado e o dia-a-dia desafiador dos pesquisadores que trabalharam nestas escavações”, explica o curador.

A exposição na Serra Gaúcha é uma iniciativa do Geo Museu com realização e curadoria da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), através dos cursos de Bacharelado em Geologia (graduação) e Pós-Graduação em Geologia, Instituto Tecnológico Fossil, Museu de História Geológica do Rio Grande do Sul, com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (CNPQ e Capes) e Proantar (Programa Antártico Brasileiro).

Compras de ingressos em  https://ingresso.geomuseu.com.br/

 

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