Casas-museus de SP, portas abertas

Casa das Rosas: um dos ícones do panorama cultural paulistano/fotos: André Hoff

Casa das Rosas, Casa Guilherme de Almeida e Casa Mário de Andrade, três instituições integrantes da Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo reabriram na semana passada, e recebem os visitantes de terça a domingo, das 10h às 18h.

A Rede de Casas-Museus Literários é um programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo gerenciado pela Poiesis.

Na Casa das Rosas, até 29 de agosto está aberta a exposição Coestelário, mostra que homenageia as vidas abreviadas pela pandemia do coronavírus. Por meio de “lápides” de poesia visual, ao modo das antigas estelas funerárias, que davam voz e imagem à pessoa querida que partiu, a mostra apresenta 70 estelas (lápides), em que o epigrama funerário se funde à imagem, num jogo de constelações. A exposição, que conta com o apoio Companhia das Letras e da Artmosphère, reúne 70 poemas visuais criados pelo poeta Guilherme Gontijo Flores em parceria com o ilustrador Daniel Kondo.

Os visitantes ainda poderão apreciar a exposição de longa duração “Estrutura explodida – vidobra de Haroldo de Campos” e conhecer ou rever o belo imóvel do museu, da década de 1930, quando o casarão no estilo clássico francês foi projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo, onde seus herdeiros viveram até os anos 1980.

Casa Guilherme de Almeida: livros, móveis e objetos históricos

Quem visitar a Casa Guilherme de Almeida encontrará os móveis, objetos, livros e obras de arte que pertenceram ao patrono do museu, poeta, tradutor e jornalista Guilherme de Almeida, e à sua esposa Baby de Almeida, além de uma exposição temporária de livros raros de autores modernistas, como Pauliceia desvairada, de Mário de Andrade, e Pau Brasil, de Oswald de Andrade.

Casa Mário de Andrade: trajetória muiltifacetada do escritor

Na Casa Mário de Andrade, a exposição de longa duração “Morada do Coração Perdido” revela a trajetória multifacetada do escritor, músico, pesquisador e gestor cultural Mário de Andrade, as curiosidades da residência onde o modernista e seus familiares viveram entre as décadas de 1920 e 1940, além de como o imóvel, que completou 100 anos em 2020, se tornou instituição museológica.

Os visitantes também poderão conhecer a exposição temporária “Fantoches da meia-noite – A modernidade que sai das sombras”. A mostra focaliza uma das criações mais representativas do processo de instauração do movimento modernista no Brasil: o raríssimo álbum de gravuras Fantoches da meia-noite, de Di Cavalcanti, publicado em 1921 pela Editora Monteiro Lobato e Cia.

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