Gibiteca, patrimônio cultural de Curitiba

Solar do Barão, edificação histórica que abriga a Gibiteca e os museus da Gravura e da Fotografia/foto: site FCC

A Gibiteca de Curitiba, que em 2022 completará 40 anos, está em vias de ser declarada Patrimônio Cultural do Município, de acordo com proposta do vereador Sergio Balaguer (Serginho do Posto), já aprovada pela Câmara Municipal em 25 de agosto e encaminhada ao prefeito Rafael Greca, pois precisa ser referendada por ato administrativo do Executivo.

Greca, seguramente, acatará a sugestão, pois, à época da inauguração da Gibiteca – a primeira de caráter público no mundo, como bem lembrou o vereador Noti Seto ao apoiar a iniciativa -, em 15 de outubro de 1982, estava ao lado do prefeito Jaime Lerner, criador do novo espaço, na condição de diretor da Casa Romário Martins.

Painel da exposição das balas Zéquinha: resgate de momentos lúdicos/foto: JZ

A Gibiteca nasceu de uma sugestão feita em 1979 ao prefeito Lerner por um grupo de jovens que defendia a criação de uma biblioteca especializada em história em quadrinhos. Concretizada três anos depois, ocupou inicialmente uma das salas da Galeria Schaffer, na rua 15 de Novembro, edificação revitalizada pela Prefeitura. Mais tarde, foi transferida para o Solar do Barão (r. Presidente Carlos Cavalcanti, 533, Centro), outra edificação histórica, onde está até hoje. Uma de suas recentes exposições foi sobre a história das balas Zéquinha, personagem criado nos anos 1940 e 1950, e que neste 2021 mereceu reedição por iniciativa de um de seus desenhistas, Nilson Müller.

Segundo o site da Fundação Cultural de Curitiba, a cuja estrutura pertence, a Gibiteca dispõe de mais de 32 mil títulos de todos os gêneros de histórias em quadrinhos, para consultas, além de abranger outras iniciativas, como cursos, oficinas de criação, exposições, palestras, lançamentos e encontros de RPG (Role Playing Game), envolvendo o que há de melhor na produção brasileira e internacional.

No acervo da instituição estão exemplares do personagem “Gibi”, nome que mais tarde foi apropriado para designar as revistas em quadrinhos. Há também as primeiras edições de “Tico-tico” e “O Globo Juvenil” (os mais antigos são datados de 1942), as primeiras edições nacionais de Batman e Capitão América, da década de 1950, além de uma coleção completa do Pasquim.

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