Histórias curitibanas

O prédio da Universidade Federal do Paraná é o símbolo de Curitiba/foto: JZ

Chaveiros

Décadas passadas, havia na rua Saldanha Marinho, próximo da Voluntários da Pátria, o chaveiro Chico, um dos poucos da cidade, muito conhecido, quase uma referência.

Afixado na porta ao lado, de um proprietário ou inquilino mal-humorado, o aviso:

– Aqui não se dá informações sobre chaveiros!

Num shopping de Curitiba, o chaveiro do sub-solo informava:

– Não damos informações sobre lojas do shopping.

Mais tarde, amaciou para “Exclusivamente prestação de serviços. Balcão de informações – 1º andar”.

Vizinhança

Na rua Dr. Pedrosa, em Curitiba, entre a agência da Unimed e uma casa de massas, está colada à porta do vizinho do meio uma folha de papel, onde se lê em letra de forma, manuscrito a caneta:

“Aqui não é Unimed nem casa de massas”.

A frase é arrematada com três pontos de exclamação!!!

O repasse

Alvino Cruz, conhecido como Esmaga, foi uma das figuras populares mais conhecidas e simpáticas da vida curitibana. Seu ponto permanente era na Boca Maldita (avenida Luiz Xavier que já se chamou João Pessoa). O jornalista Luiz Geraldo Mazza o qualificava como “mordedor-símbolo” da cidade.

Num sábado pela manhã, em tempos já distantes, depois de um cafezinho, o ex-ministro da Fazenda Karlos Rischbieter (1927-2013) conversava numa roda de amigos, quando Esmaga foi chegando como quer não quer nada e pediu dinheiro.

Rischbieter deu-lhe uma nota de cinco reais.

Esmaga, então, virou-se para um mendigo que o acompanhava e entregou-lhe dois reais.

E para justificar seu ato, disse a Rischbieter:

“Pois é, ministro, é tudo uma questão de repasse”.

Taxi

Anos antes de ser prefeito de Curitiba pela primeira vez (1993-1996), o engenheiro Rafael Valdomiro Greca de Macedo, criou o Festa de São Francisco, realizada todo início de outubro no largo da Ordem, cujo nome oficial é Coronel Enéas, aquele do bebedouro.

Era uma grande quermesse, com barraquinhas de comidas típicas, sorteios, bingo, apresentações musicais e outros shows.

Numa das edições, um elefante de circo era uma das atrações. Quando começou a se movimentar no largo, muitas pessoas se assustaram e começou um pequeno tumulto.

Greca, então, correu para o microfone e, para tranquilizá-las, gritou:

“Não se assustem, não se assustem. Na Índia, ele é taxi”.

Namorada nova

Empresário radicado em Curitiba, recém-divorciado, contava ao amigo que estava de namorada nova, uma jovem argentina.

Ao que o outro, conhecedor das lendas sobre ‘amantes argentinas’, retrucou:

– Argentina? Então, deve ser uma mulher cara!

Ao que o empresário enamorado, mas consciente, respondeu:

– Na minha idade, meu amigo, ou é cara ou é coroa.

Confissões à mesa do bar

De um antigo boêmio curitibano:

No primeiro uísque, eu relaxo um pouco, fico descontraído.

No segundo, alegre.

No terceiro, empolgado.

No quarto, fico rico

E, no quinto, solteiro.

 

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